Os tiros e os barões assinalados, era só questão de pôr o pé na
estrada. Quando despontou no horizonte, na manhã de sábado, o sol
já nos surpreendeu a caminho de Camaçari, no cumprimento da última
missão conjugal de Zampa antes do início definitivo da expedição.
O clima estava bastante ameno e até lá ainda nos acompanhava muita
expectativa e o sinal do celular, que breve iria começar desaparecer
pouco a pouco. O plano era o seguinte: partir de Camaçari para Feira
de Santana, atravessar as inexplicáveis rotatórias feirenses e
pôr-se na rota de Seabra, onde encontraríamos Newton que partia de
Jacobina.
Chegamos com uma hora de antecedência e ultrapassados os riscos do ambiente implacavelmente abafado, tivemos tempos para olhar ao redor a
fila de caminhões que se formava devido a obras na pista e esperar
que logo despontasse a Savana amarela do nosso companheiro. Quando
chegou, um rápido abraço e o que todos mais esperávamos: pé na
tábua.
Foi somente no percurso em direção a Ibotirama, depois Barreiras,
que descobrimos a máquina fotográfica. Zampa já me havia alertado acerca da sua existência e me atribuído como tarefa manejá-la, fazendo
registros para este diário e para os que guardaremos
intimamente. Foi muito bom porque então pudemos flagrar o
instante em que o céu fechou-se num batizado aos viajantes: choveu
por alguns instantes sob as réstias de Chapada que nos acompanhavam,
mas apenas o suficiente para molhar os carros e hidratar a promessa
de um percurso cheio de beleza e aventura.
Após um cair da tarde fascinante, aportamos em Barreiras por volta das 18:40, e por lá encerramos a noite
com um Sarapatel e um sono pesado. Pela manhã partiríamos outra
vez, para finalmente romper as fronteiras da Bahia e avançar pelo
desconhecido Tocantins.
senti como se estivesse viajando com vocês! Curtam muito essa aventura mas achem sempre uma torre com internet pra me colocar a par do que acontece nessa expedição!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir